Cumprindo o seu papel

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Há muito tempo que queria escrever aqui e as inúmeras atividades me impediam, mas já que consegui um tempo emprestado é melhor eu aproveitar!

Assisti, faz algum tempo, o filme Detona Ralph que, apesar de algumas coisas estranhas como o código dos vilões ("Sou mal, mas isso é bom", etc.) pode nos ajudar a entender um pouco sobre estarmos satisfeitos com nosso papel e nossa função no corpo de Cristo.

No filme, o vilão (que é o herói do filme) chamado Ralph, cansa de ser o "cara mau" do jogo de video-game e quer ganhar uma medalha como um bom "herói". Daí, ele sai do jogo dele e entra em outros jogos para tentar ganhar um prêmio e "salvar o dia". Por causa disso, o jogo de que ele faz parte não "roda" mais do mesmo jeito e termina correndo o risco de ser desligado de vez.

Ralph fica cansado de não ser bem aceito pelos personagens do seu jogo e parte em uma aventura por outros jogos, desempenhando outras funções, para tentar adquirir o reconhecimento dos outros, assim como os heróis recebem quando executam bem suas tarefas. No entanto, a única coisa em que Ralph é bom é em destruir as coisas, ou seja, em "detonar" tudo. Por isso que ele é o vilão no jogo de que faz parte e é esse o papel dele e sua função.

Quando assisti o filme, percebi apresentado na tela aquilo que Paulo nos diz em 1 Coríntios 12:12-18:

Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

Durante algum tempo não aceitei bem minhas habilidades. Não achava que tinha qualquer dom especial, ou função importante. Nunca aprendi a cantar bonito, e assim nunca fiz parte do "Grupo de Louvor" na igreja; também não tenho muito jeito em me expressar em público, e, por isso, nunca fui um orador interessante. Sempre desempenhei algumas atividades menos prestigiadas, tanto na igreja, quanto fora dela. E por algum tempo, achava que não era bom em nada.

Mas, aos poucos, descobri que tenho sim algumas aptidões e habilidades (mesmo que não sejam excepcionais). Consigo escrever razoavelmente bem, ser um bom estudante de Literatura e apreender conhecimento com facilidade. Desenvolvo bem algumas atividades manuais que exigem muita acuidade e consigo consertar um problema no PC com mais facilidade que a maioria dos que estão à minha volta. Consigo ter paciência quando ninguém mais parece ter e consigo falar menos do que escuto.

Podem não ser habilidades de grande repercursão ou muito "importantes", mas sei que elas tem o seu lugar. Comecei a perceber que cada uma dessas coisas tinha seu momento de importância e faziam diferença na vida das outras pessoas (mesmo que eu mesmo não as considerasse grande coisa). No entanto, se eu apenas quisesse desenvolver habilidades que achasse bonitas nos outros, quem executaria as minhas habilidades?

Não digo que não devemos acrescentar à "configuração original" alguns "upgrades" e funções extras. Nem que não precisamos nos transformar em relação a algumas coisas (nada de "Ser mal é bom". Não confundam as coisas!). Não, é necessário crescer e se aprimorar; é necessário reconhecer o que temos de bom e o de ruim e devemos usar nossas habilidades para o nosso bem e o dos outros ao nosso redor. Mas não devemos forçar nosso "equipamento" a desempenhar uma função que ele não está configurado para realizar. O pé não pode ser mão. O olho nunca será ouvido. Cada um tem seu papel e função e todas elas combinadas é que tornam o corpo um corpo.

Por isso, digo: fique feliz com suas aptidões e habilidades, mesmo que elas não sejam as mais aplaudidas ou valorizadas. Saiba reconhecer aquilo em que você é bom e aquilo que você é capaz de fazer, mesmo que pareça "pequeno" e "sem importância". No devido tempo e nas circunstâncias certas, você perceberá que essas habilidades serão necessárias e farão diferença na vida de outras pessoas.

Comentários

  1. Reflexão muito importante. Muitas vezes a gente desvaloriza habilidades que possui e supervaloriza algumas que não possui. Ótimo texto!

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  2. É isso mesmo, TJ! Ótimo texto! Wesslen escreveu sobre algo que nos esquecemos facilmente e, que, muitas vezes, nos leva a um estado de inércia e insatisfação, coisas totalmente fora da vontade de Deus para nós. Deus quer que reconheçamos tudo que Ele faz por nós e tudo que Ele nos dá! Tudo que temos vem do Senhor e se não nos agradamos disso, estamos nos desagradando dEle e deixando de ser bênção no corpo e no trabalho de Cristo. Que possamos fazer de nossas vidas verdadeiros vasos de honra e de serviço ao Senhor, através das habilidades e aptidões que Ele nos deu! Assim seremos mais felizes e também traremos felicidade aos que nos cercam!

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