OBLIVION
“ESQUECENDO-ME DAS COISAS QUE ATRÁS FICAM, E AVANÇANDO PARA AS QUE ESTÃO DIANTE DE MIM, PROSSIGO PARA O ALVO, PELO PRÊMIO DA SOBERANA VOCAÇÃO DE DEUS EM CRISTO JESUS.” FELIPENSES 3:14 O célebre narrador machadiano, Brás Cubas, depois de morto, resolve escrever suas memórias. Ao refletir sobre os seus cinquenta anos de idade, intitula o capítulo “OBLIVION” para tratar justamente sobre o ESQUECIMENTO. Brás Cubas que é muito dado à filosofia, faz elucubrações acerca do amor e da vida. Para ele, o amor acende a memória e empolga o leitor, mas o fim do amor, leva ao desinteresse pela continuação da sua história, pois aos cinquenta anos, sozinho, que coisas há de lembrar que faça também ao leitor não esquecê-lo? Entretanto, tudo isso é apenas artimanha desse narrador sagaz, pois ao fazer o leitor pensar que nada mais vale a pena lembrar a essa altura da vida, na verdade, incentiva o leitor a lembrar do que deveria, supostamente, esquecer. Que sutileza, não? É o que se denomina ironi...