Cristianismo: guia básico para desfazer equívocos (Parte 1 - quem é o cristão?)

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Há muito tempo que venho tentando iniciar esta série de postagens sobre o cristianismo de uma forma compreensível e que desfaça alguns equívocos comuns que pessoas não cristãs (mesmo aquelas que um dia já pertenceram a alguma denominação cristã) têm em relação ao cristianismo. Algumas vezes, especialmente em tempos de Facebook, pessoas contrárias ao cristianismo divulgam inúmeras inverdades acerca daquilo em que nós, cristãos, acreditamos e vivemos. Geralmente, essas pessoas, por algum motivo pessoal e passional contra o evangelho de Jesus, se atem a determinadas questões polêmicas ou controversas para denegrir o evangelho e aqueles que seguem a Cristo.

Antes de tudo, é importante ressaltar que nem todos aqueles que se dizem cristãos são, de fato, cristãos. O termo "cristão" foi primeiramente reportado na cidade de Antioquia (Conf. Atos 11:26) e significava "pequeno Cristo". Não posso afirmar com certeza se isso era uma forma pejorativa das pessoas falarem dos cristãos ou se era um tipo de "elogio", um reconhecimento pelo que os cristãos faziam e viviam, mas desde então os discípulos de Jesus passaram a ser chamados assim e é exatamente isso que deve ocorrer com aqueles que seguem a Jesus: devem ser pequenos Cristos.

Então, a primeira questão que surge e que deve ser respondida é: como posso reconhecer um cristão? É fundamental saber isso para que possamos separar aquilo que parece ser cristão (mas não é) daquilo que, de fato, é parte do cristianismo e é vivido pelos discípulos de Jesus. Vamos deixar mais clara ainda a importância disso. Imagine o seguinte: você comprou um eletrodoméstico novo e caríssimo que nunca utilizou e vai iniciar a leitura de um grosso manual do usuário para saber o que deve e não deve fazer com o equipamento. Mas, nesse momento, chega seu vizinho (que não possui e nunca utilizou o equipamento) e diz pra você que ouviu falar sobre essa máquina (o amigo da vizinha do namorado da prima de segundo grau do chefe dele tem um bem parecido), e que vai te mostrar como é que se faz. Com o seu dinheiro em risco, o que você vai fazer: confiar no vizinho "que entende das coisas" e vai te "ensinar" como usar o aparelho, ou passar algumas horas se debruçando sobre o manual para aprender como usar o equipamento sem ter prejuízo? Uma pessoa inteligente nem titubeia em responder essa pergunta e, por isso, peço que deixe de lado tudo o que você já ouviu falar sobre o cristianismo por pessoas que não são cristãs (ou que apenas parecem ser), e vamos ler o manual.

"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

Nessa passagem do evangelho segundo o apóstolo João, Jesus diz aos seus discípulos que as demais pessoas reconheceriam quem era seguidor dele pelo amor mútuo por eles demonstrado. Esse versículo é importante por dois aspectos principais que estão diretamente ligados ao verdadeiro cristão: primeiro, porque está na Bíblia, único livro que serve de base aos verdadeiros cristãos (é o manual do usuário, o guia definitivo para qualquer mochileiro da vida, o Enchiridion para qualquer herói). Segundo, porque são as palavras do próprio Jesus, único mestre e senhor de todo cristão. Assim, se Jesus, em sua palavra, nos diz que pelo amor entre os cristãos se sabe quem é cristão, devemos acreditar nele. Deste modo, qualquer grupo de pessoas que se diz cristão, mas não possui como princípio básico de suas relações o amor, não é um grupo de discípulos de Jesus. Essa é a conclusão lógica. Pessoas que se cuidam, se importam umas com as outras, que se acolhem, que se respeitam, se perdoam, se tratam juntas e seguem os passos de Jesus são verdadeiros cristãos.

Quer dizer então que todos que falam em Jesus e se amam são cristãos? Não. Não é uma questão de "falar em Jesus", mas sim de seguir os ensinamentos dele. Nem todos aqueles que falam em Jesus estão seguindo os ensinamentos dele. Tem muita gente usando o nome de Jesus para coisas que nada tem a ver com Jesus (tem até guaraná Jesus! Imagine!). Por isso, o cristão lê tanto a Bíblia, porque busca seguir aquilo que Cristo nos ensinou, de acordo com o que ele disse.

Esse último tópico (seguir os passos de Jesus) é essencial, pois só é discípulo de alguém aquele que está sendo instruído, ensinado por um mestre. Ora, se somos discípulos de Jesus, ele é nosso mestre e instrutor. Por isso ele diz: "se me amardes guardareis meus mandamentos" (João 14:15) e também "aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (João 14:21a), porque aquele que o está seguindo, está seguindo seus ensinamentos, que por sua vez foram guardados em um livro: a Bíblia.

Com isso, posso concluir o primeiro tópico dessa série: para se reconhecer alguém como verdadeiro cristão não há muito o que fazer, basta verificar se é alguém que está seguindo os passos de Cristo (seguindo os ensinamentos da Bíblia) e se está em um grupo de verdadeiros cristãos, que se amam mutuamente. Essa é a ideia básica do que é ser cristão.

Mas o que de fato é a Bíblia? O que ela ensina? Ela é confiável? (pode ser a pergunta de alguns). Vamos tentar esclarecer na próxima postagem.


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