O poder da amizade!

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One Piece é um desenho animado (anime) originado de um gibi (mangá) de muito sucesso no Japão. Como todo e qualquer anime, por fazer parte de uma cultura diferente e tipicamente não-cristã, ele possui algumas referências estranhas para nosso legado cristão ocidental (como a "Fruta do Diabo", Akuma no mi, que dá poderes especiais a quem a come). Tirando essa parte estranha, para nós cristãos, acho que podemos usufruir de muita coisa proveitosa desse anime, especialmente, no que diz respeito à amizade.

Vamos ambientar a trama: One Piece se passa em um mundo fantasioso, dominado por piratas, e trata da história de um rapaz chamado Monkey D. Luffy que quer se tornar o "Rei dos Piratas". Parece estranho, a princípio, que o herói seja "o vilão". Mas, como fica claro na animação, o que torna alguém bom ou mal não é o nome que se dá (marinheiro ou pirata), mas o que se faz, como se age. Embora Luffy seja um pirata, ele não rouba ou saqueia nada ou ninguém, ele simplesmente deseja navegar pelo mundo em busca do tesouro perdido de um famoso pirata chamado Gol D. Roger.

Em sua jornada, ele vai recrutando companheiros para formar sua tripulação. O que me chamou a atenção desde o princípio da saga foi a importância da relação para a formação da tripulação de Luffy. Ele não se preocupa muito em escolher os companheiros mais fortes, ou mais inteligentes, ou aqueles que tem mais "poder" para ajudá-lo a conquistar seu sonho. Não, ele escolhe seus companheiros pela ligação que cria com eles, pela simpatia, pelo relacionamento que se constrói. Alguns de seus companheiros são extremamente fortes e são capazes de ajudá-lo a alcançar seu objetivo: como Zoro, Sanji, Franky e Nico Robin. Mas outros são mais fracos em combate e não tão habilidosos: como Usopp, Nami, Chopper e Brooke. (No estágio atual da saga, pelo mangá, todos estão muito mais fortes, mas no início essa divisão era muito clara).

É interessante notar que, embora uns sejam mais "poderosos" que outros, todos são extremamente unidos e se consideram em igual nível (exceto talvez, pela divertida richa entre o Baka-Marimo, Zoro, e o Ero-Cooker, Sanji). Essa união depende muito de Luffy, que desde o início não faz separação entre companheiros fortes e fracos, todos são seus nakama (companheiros) e ele se dispõe a proteger e se relacionar igualmente com todos. No anime, existem cenas marcantes da união e determinação do grupo em se manter unido e de se proteger (como as memoráveis cenas da partida de Alabasta, do resgate de Robin em Enies Lobby ou do perdão de Usopp em Water-7).

Trazendo para a vida cristã, acho que temos muito que aprender com esta tripulação. O ponto principal neste vínculo é o amor sem interesses que é nutrido por eles. Sim, amor. Chamo de amor porque o amor faz o bem, se alegra e chora junto, é capaz de dar sua vida para proteger o outro, o amor se indigna com a injustiça e o amor aceita o outro com sua particularidade e especificidade (e tudo isso vemos claramente no anime). Isso não quer dizer que eles não briguem ou discutam ou que um não recrimine o outro por alguma falha. Não, isso também faz parte do amor. Acho admirável a determinação de criar estes laços e nutrí-los, a doação de um com os outros (exceto a Nami que não doa nada! hauhauhahau), de sofrer junto e lutar a para proteger uns aos outros.

O intuito desta fraternidade também é este. O propósito do evangelho é este. O cristão deve ser conhecido pelo amor: primeiro para com os seus irmãos em Cristo, depois (mas não menos importante) para com todas as pessoas. Tenho refletido e lido muito sobre a necessidade de relacionar-se com Deus e com as pessoas de forma mais próxima. Acho que este é o caminho do Amor, o caminho da compreensão e da transformação (minha e do outro). Espero ser verdadeiro nakama em Cristo para meus brothers e para todos a minha volta, não só de palavra, mas de ação, intenção e coração.

Comentários

  1. PÔ meu velho, eu ainda não assisti nenhum episódio deste anime, mas depois do seu comentário vou vê-lo. Concordo com você Wesslen "pelo amor conhecido é o cristão". Vamos lutar para manter isso vivo!!!

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  2. Valeu Fernando, Marco Polo e brother Hugo!

    O texto nem ficou tão bom (lendo depois foi que percebi melhor!). Mas acho que consegui passar a mensagem de que o importante, em nossos relacionamentos não é o que "ganharemos" com eles, mas eles por eles mesmos (é redundante, mas é isso!).

    Devemos investir nas pessoas, independente do que poderemos receber em troca. Não deveria nem estar falando nisso, porque não sou o cara que sabe fazer amigos tão facilmente. Consigo falar com a maioria das pessoas, mas me abrir, ser completamente aberto só com o meu círculo íntimo de amizades. Preciso melhorar nisso, disso eu sei. E escrevi este post (como todos os outros) como reflexão primeiro pra mim, para o que eu preciso desenvolver.

    Acredito que o amor desinteressado é o único amor possível, pois se houver qualquer interesse em uma relação, sem dúvidas, haverá frustração, decepção e descontentamento. O amor desinteressado nos livra de tudo isso e nos faz nos relacionar com as pessoas pelo que são e não pelos "benefícios" que elas podem nos trazer (esse benefício pode ser até mesmo o de sempre concordar com nossas ideias).

    Enfim! Esses brothers falam tudo com menos palavras! Preciso aprender com eles! hehehehe!

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