Escolha seu destino



O jogo multiplataforma Destiny é um sucesso de público. Em 2017 ganhou uma sequência denominada Destiny 2 que já possui duas dlcs lançadas, a última há uma semana. A história do jogo é muito interessante e me deixou encantado desde que adquiri o jogo.

Ao contrário do que o nome pode sugerir, Destiny não trata de destino. Trata-se, antes, de escolhas e propósito. A história do jogo se inicia com um fantasma (espécie de autômato criado pela luz do Viajante) buscando alguém para ressuscitar e torná-lo um guardião (categoria do personagem do jogador). Cada personagem do jogo tem seu próprio fantasma e todos estavam mortos até que um fantasma encontrou os restos mortais e reviveu seu guardião. O fantasma ressuscita você com um propósito (e sempre que seu personagem morrer no jogo ele poderá ser ressuscitado): defender a última cidade da terra contra as forças das trevas. A última cidade é o lugar onde está o Viajante e o resto da humanidade (o Viajante usou suas útimas forças e se sacrificou para proteger a última cidade das trevas e para criar os fantasmas). É lá que a humanidade resiste à invasão das forças das trevas (raças alienígenas que não carregam a luz do Viajante e buscam destruir tudo que tenha luz) e é onde os guardiões recebem missões e são orientados pelos demais defensores.

Apesar do guardião ter sido ressuscitado com uma missão específica, todo o jogo aborda a ideia de que temos um propósito, não um destino. No jogo, não se concebe que é o destino da humanidade cair ante o poder das trevas, mas que é propósito de todo guardião lutar contra elas. Desde o início podemos escolher o tipo de personagem que queremos: se será masculino ou feminino; se será um titã, um caçador ou um arcano; se será humano, desperto ou exo; que aparência terá; quais os poderes de nossos personagens, as armas que queremos usar, as armaduras também... a gama de escolhas e opções é grande. Até as missões (fora as do modo história, que são obrigatórias para liberar o resto das atividades) podemos escolher quais acharmos melhor para fazer. Assim, a liberdade de escolha é bem variada, de modo que não existe um destino certo e determinado para o jogador, a única coisa realmente fixa é o propósito de combater as trevas.

A vida cristã não é diferente. Jesus morreu e ressuscitou para que pudéssemos ter um propósito de vida e ter a liberdade de escolha. A Bíblia nos diz que "Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus" (Efésios 2:1-7).

É exatamente o que ocorre no jogo: pelo Espírito Santo fomos ressuscitados com um propósito de lutar contra as forças das trevas e demonstrar a luz de Deus. Ele nos deu uma nova vida quando ainda estávamos mortos em nossos pecados, para que agora tivéssemos um propósito de vida e pudéssemos ser livres do poder das trevas que só nos impulsionavam a fazer o que é errado. Ao contrário do que se possa pensar, assim como no jogo, não temos um destino, mas podemos fazer muitas escolhas para cumprir nosso propósito. Deus nos dá toda liberdade de escolha para seguirmos profissões, escolhermos nossos divertimentos, para vivermos da forma como melhor quisermos para cumprirmos nosso propósito. Uma vez livres da influência das trevas, podemos manifestar a luz de Deus em nós e aquilo que é próprio das trevas (erros, pecados, falhas de caráter e todo mal) não pode mais ter influência sobre nós, a não ser que queiramos. Contamos com o Espírito Santo para nos orientar o tempo todo e nos livrar de todo mal e, mesmo que caiamos pelo poder das trevas (pecarmos), o Espírito Santo nos ressuscita e nos dá ilimitadas novas chances através do nosso arrependimento.

Cristo nos ressuscitou "a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória" (Efésios 1:12), isso "Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos" (Efésios 2:10). De modo que fazer o que é bom (lutar contra as trevas) é nosso propósito de existir. Podemos fazer isso de muitas formas, pois mediante a morte de Jesus fomos libertos para podermos fazer todo o bem que as trevas não permitiam que fizéssemos. Podemos escolher o nosso destino, quais estradas tomar na vida, que tipo de armas ou habilidades teremos, tudo para cumprir com nosso propósito e corresponder àquele que, assim como o Viajante, deu sua vida por amor a nós, para nos proteger do mal. Por isso, servi-lo, além de ser nossa missão, é um privilégio; e levar sua luz, uma honra, porque Jesus morreu para que pudéssemos viver para sempre na luz do Pai. Por causa do sacrifício dEle nós podemos deixar de lado todo poder das trevas e ser guiados pela luz. Assim temos satisfação em seguir nosso propósito: combater as trevas e guardar nossa luz, até que possamos terminar de vez essa guerra e fazer com que toda a galáxia seja iluminada por Cristo.

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